Exercício - análise de sites jornalísticos (30 pontos)
Bem, amigos...
Já entendemos o funcionamento de um blog, bem como as implicações dessa nova e, por que não dizer, revolucionária maneira de se comunicar.
Agora, vamos dar uma mergulhada nos conceitos e nas aplicações do hipertexto, um dos principais fundamentos do webjornalismo, e, em seguida, fazer um bom exercício, EM DUPLAS E VALENDO 30 PONTOS, sobre o assunto.
Para começar, gostaria muito que visitassem este endereço aqui, no qual poderemos obter noções básicas sobre o hipertexto. Em seguida, peço que prestem bastante atenção às cinco categorias hipertextuais abaixo, descritas pelo professor norte-americano Georde Landow - e que reúnem algumas das principais características do webjornalismo -, e ao texto sobre classificação de links, de Luciana Mielniczuk, logo na seqüência:
CATEGORIAS HIPERTEXTUAIS
Descentralização: permite ao usuário criar o centro ou ponto de partida do foco de seu interesse, a medida que navega e vai mudando o núcleo de ênfase da sua intenção/ atenção em relação ao que precisa e deseja. É a multilinearidade, o leitor pode partir de qualquer lugar, escolhendo de onde para onde deve ser sua leitura.
Multivocalidade: É a possibilidade de um texto não ser elaborado por apenas uma pessoa, mas da complementaridade do trabalho de várias pessoas em função de um ou vários assuntos correlatos. Essa característica é bastante importante pois é o pressuposto para o jornalismo interpretativo (permite ao leitor através de várias versões, a possibilidade de tirar suas próprias conclusões acerca do fato).
Intratextualidade: Quando um texto se complementa com outro dentro de um mesmo site, criando uma continuidade informativa através de diferentes textos porém de uma mesma temática.
Intertextualidade: Essa característica permite um texto se complementar com outro que esteja em outro site de mesma temática. É a informação ilimitada por meio de links e toques no mouse.
Navegabilidade: São as várias possibilidades de utilização de recursos que facilitem a navegação e localização dos usuários dentro do site. Aqui entra a função do web design, responsável por facilitar essa navegação.
Interatividade: É necessário que o site propicie uma "conversa" entre o computador e o usuário durante a navegação. Deve-se permitir que todos os envolvidos na interação sejam agentes e participem ativamente na construção do produto final, sendo possível interferir em seu conteúdo.
Agora, vamos falar um pouco na...
CLASSIFICAÇÃO DE LINKS
O texto abaixo apresenta uma proposta de classificação dos links usados em webjornalismo, baseada no capítulo 4 da tese de doutorado de Luciana Mielniczuk (Jornalismo na web: uma construção para o estudo do formato na escrita hipertextual), defendida na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em março de 2003.
A autora classifica os links quanto:
- ao tipo de "navegação" produzida;
- ao universo de abrangência do link (para onde remete o leitor);
- ao tipo de informação oferecida através do link.
Nesta última classe há uma subdivisão dos links que pertencem à narrativa do fato jornalístico, ou melhor, os links que fazem parte da notícia” (Mielniczuk, 2003).
a) Quanto ao recurso de navegação:
- Conjuntivo: remete para outra lexia (bloco de texto), mas a janela no programa navegador permanece a mesma; muda só o conteúdo que aparece na tela.
- Disjuntivo: ao remeter para outra lexia, abre-se uma janela menor ou mesmo outra janela no programa navegador. Proporciona a experiência de simultaneidade: duas janelas abertas ao mesmo tempo. Geralmente é empregado em duas situações: na utilização de vídeos ou quando trata-se de um link externo.
b) Quanto ao universo de abrangência:
Alguns autores, entre eles Landow (1995), Leão (2001), Paul & Fiebich (2002), classificam os links em:
- Intratextuais: ou links internos, remetem para lexias dentro do próprio site.
- Intertextuais: remetem para lexias externas ao site; também são denominados de links externos.
c) Quanto ao tipo de informação:
- Editorial: pertence ao conteúdo informativo do site. Podem ter a função de organizar o webjornal (organizativos), como são os links que indicam as editorias, ou integrar a narrativa do fato jornalístico (narrativos).
- Serviços: remete a serviços oferecidos pelo webjornal. É interessante observar que estes links podem ser tanto internos quanto externos e que, em geral, referem-se a três tipos de serviços:
a) produzidos e oferecidos pela publicação - ou pelo portal ao qual ela está atrelada - tais como previsão do tempo, cotação de moedas estrangeiras, bolsa de valores, classificados;
b) o serviço pode ser oferecido por outra empresa e o webjornal apenas oferece o link que vai remeter para outro site;
c) na falta de uma nomenclatura melhor, incluímos aqui também os serviços de fórum e chats oferecidos pelo webjornal e focados para assuntos editoriais da publicação.
- Publicitário: remete à publicidade que tanto pode ser externa, de empresas anunciantes, como também pode referir-se a outros produtos do mesmo grupo empresarial, sendo considerado, então, um link interno.
Obs: Os links Editoriais, quando narrativos, podem ainda estar divididos nas seguintes subcategorias, que se referem ao:
- Acontecimento: diz respeito aos principais acontecimentos do fato noticiado.
- Detalhamento: apresenta detalhes sobre o acontecimento, podem ser dados depoimentos, explicações de especialistas.
- Oposição: quando for o caso, apresenta argumentos de entrevistados ou mesmo dados que contestem informações de fontes oficiais ou fontes primárias ouvidas.
- Exemplificação ou particularização: ilustra ou explica o acontecimento com exemplos ou casos particulares, apresentando personagens ou casos semelhantes.
- Complementação: oferece dados complementares que possam auxiliar na apresentação e compreensão do acontecimento (ex: gráficos, estatísticas, históricos, etc).
- Memória: oferece links que remetem ao arquivo de material já disponibilizado sobre o mesmo assunto ou assuntos correlatos.
OBSERVAÇÕES GERAIS:
- Quando falamos em blocos de texto, estamos nos referindo não só a materiais de natureza escrita e sim também a sons e imagens.
- As categorias propostas valem para os diferentes tipos de textos considerados.
- A classificação mapeada não faz com que as categorias sejam excludentes entre si: o mesmo link pode ser enquadrado em ‘rótulos’ diferentes simultaneamente (Mielniczuk, 2003).
O EXERCÍCIO:
Em duplas, vocês vão escolher dois sites jornalísticos da internet para analisar comparativamente, conforme o conhecimento adquirido nos textos acima.
Quero textos grandes sobre as funções hipertextuais dos sites escolhidos, sobre os tipos de links usados e com a comparação entre um e outro.
Não gostaria que vocês escolhessem sites tradicionais para avaliar.
Busquem endereços alternativos.
Valor: 30 pontos.
Forma de entrega: Texto impresso, REGRAS DA ABNT.
Entrega: Próxima aula (28/02/2007).
(VENHAM PREPARADOS PARA APRESENTAR AOS COLEGAS SUAS ANÁLISES).
Já entendemos o funcionamento de um blog, bem como as implicações dessa nova e, por que não dizer, revolucionária maneira de se comunicar.
Agora, vamos dar uma mergulhada nos conceitos e nas aplicações do hipertexto, um dos principais fundamentos do webjornalismo, e, em seguida, fazer um bom exercício, EM DUPLAS E VALENDO 30 PONTOS, sobre o assunto.
Para começar, gostaria muito que visitassem este endereço aqui, no qual poderemos obter noções básicas sobre o hipertexto. Em seguida, peço que prestem bastante atenção às cinco categorias hipertextuais abaixo, descritas pelo professor norte-americano Georde Landow - e que reúnem algumas das principais características do webjornalismo -, e ao texto sobre classificação de links, de Luciana Mielniczuk, logo na seqüência:
CATEGORIAS HIPERTEXTUAIS
Descentralização: permite ao usuário criar o centro ou ponto de partida do foco de seu interesse, a medida que navega e vai mudando o núcleo de ênfase da sua intenção/ atenção em relação ao que precisa e deseja. É a multilinearidade, o leitor pode partir de qualquer lugar, escolhendo de onde para onde deve ser sua leitura.
Multivocalidade: É a possibilidade de um texto não ser elaborado por apenas uma pessoa, mas da complementaridade do trabalho de várias pessoas em função de um ou vários assuntos correlatos. Essa característica é bastante importante pois é o pressuposto para o jornalismo interpretativo (permite ao leitor através de várias versões, a possibilidade de tirar suas próprias conclusões acerca do fato).
Intratextualidade: Quando um texto se complementa com outro dentro de um mesmo site, criando uma continuidade informativa através de diferentes textos porém de uma mesma temática.
Intertextualidade: Essa característica permite um texto se complementar com outro que esteja em outro site de mesma temática. É a informação ilimitada por meio de links e toques no mouse.
Navegabilidade: São as várias possibilidades de utilização de recursos que facilitem a navegação e localização dos usuários dentro do site. Aqui entra a função do web design, responsável por facilitar essa navegação.
Interatividade: É necessário que o site propicie uma "conversa" entre o computador e o usuário durante a navegação. Deve-se permitir que todos os envolvidos na interação sejam agentes e participem ativamente na construção do produto final, sendo possível interferir em seu conteúdo.
Agora, vamos falar um pouco na...
CLASSIFICAÇÃO DE LINKS
O texto abaixo apresenta uma proposta de classificação dos links usados em webjornalismo, baseada no capítulo 4 da tese de doutorado de Luciana Mielniczuk (Jornalismo na web: uma construção para o estudo do formato na escrita hipertextual), defendida na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em março de 2003.
A autora classifica os links quanto:
- ao tipo de "navegação" produzida;
- ao universo de abrangência do link (para onde remete o leitor);
- ao tipo de informação oferecida através do link.
Nesta última classe há uma subdivisão dos links que pertencem à narrativa do fato jornalístico, ou melhor, os links que fazem parte da notícia” (Mielniczuk, 2003).
a) Quanto ao recurso de navegação:
- Conjuntivo: remete para outra lexia (bloco de texto), mas a janela no programa navegador permanece a mesma; muda só o conteúdo que aparece na tela.
- Disjuntivo: ao remeter para outra lexia, abre-se uma janela menor ou mesmo outra janela no programa navegador. Proporciona a experiência de simultaneidade: duas janelas abertas ao mesmo tempo. Geralmente é empregado em duas situações: na utilização de vídeos ou quando trata-se de um link externo.
b) Quanto ao universo de abrangência:
Alguns autores, entre eles Landow (1995), Leão (2001), Paul & Fiebich (2002), classificam os links em:
- Intratextuais: ou links internos, remetem para lexias dentro do próprio site.
- Intertextuais: remetem para lexias externas ao site; também são denominados de links externos.
c) Quanto ao tipo de informação:
- Editorial: pertence ao conteúdo informativo do site. Podem ter a função de organizar o webjornal (organizativos), como são os links que indicam as editorias, ou integrar a narrativa do fato jornalístico (narrativos).
- Serviços: remete a serviços oferecidos pelo webjornal. É interessante observar que estes links podem ser tanto internos quanto externos e que, em geral, referem-se a três tipos de serviços:
a) produzidos e oferecidos pela publicação - ou pelo portal ao qual ela está atrelada - tais como previsão do tempo, cotação de moedas estrangeiras, bolsa de valores, classificados;
b) o serviço pode ser oferecido por outra empresa e o webjornal apenas oferece o link que vai remeter para outro site;
c) na falta de uma nomenclatura melhor, incluímos aqui também os serviços de fórum e chats oferecidos pelo webjornal e focados para assuntos editoriais da publicação.
- Publicitário: remete à publicidade que tanto pode ser externa, de empresas anunciantes, como também pode referir-se a outros produtos do mesmo grupo empresarial, sendo considerado, então, um link interno.
Obs: Os links Editoriais, quando narrativos, podem ainda estar divididos nas seguintes subcategorias, que se referem ao:
- Acontecimento: diz respeito aos principais acontecimentos do fato noticiado.
- Detalhamento: apresenta detalhes sobre o acontecimento, podem ser dados depoimentos, explicações de especialistas.
- Oposição: quando for o caso, apresenta argumentos de entrevistados ou mesmo dados que contestem informações de fontes oficiais ou fontes primárias ouvidas.
- Exemplificação ou particularização: ilustra ou explica o acontecimento com exemplos ou casos particulares, apresentando personagens ou casos semelhantes.
- Complementação: oferece dados complementares que possam auxiliar na apresentação e compreensão do acontecimento (ex: gráficos, estatísticas, históricos, etc).
- Memória: oferece links que remetem ao arquivo de material já disponibilizado sobre o mesmo assunto ou assuntos correlatos.
OBSERVAÇÕES GERAIS:
- Quando falamos em blocos de texto, estamos nos referindo não só a materiais de natureza escrita e sim também a sons e imagens.
- As categorias propostas valem para os diferentes tipos de textos considerados.
- A classificação mapeada não faz com que as categorias sejam excludentes entre si: o mesmo link pode ser enquadrado em ‘rótulos’ diferentes simultaneamente (Mielniczuk, 2003).
O EXERCÍCIO:
Em duplas, vocês vão escolher dois sites jornalísticos da internet para analisar comparativamente, conforme o conhecimento adquirido nos textos acima.
Quero textos grandes sobre as funções hipertextuais dos sites escolhidos, sobre os tipos de links usados e com a comparação entre um e outro.
Não gostaria que vocês escolhessem sites tradicionais para avaliar.
Busquem endereços alternativos.
Valor: 30 pontos.
Forma de entrega: Texto impresso, REGRAS DA ABNT.
Entrega: Próxima aula (28/02/2007).
(VENHAM PREPARADOS PARA APRESENTAR AOS COLEGAS SUAS ANÁLISES).